quinta-feira, 14 de abril de 2011

SAUDADE

 Depois de tanto tempo longe daqui, que outro nome eu daria pra minha postagem?!
Só essa palavrinha exclusivamente brasileira, saudade, resume o dia, a semana , o tempo, o clima, a estação, a vida.
Agora eu sou 'graduanda' de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas e hoje eu apresentei o meu 1º Seminário, no qual falou-se sobre a História da Enfermagem pelo mundo.Dentre as inúmeras 'coisas' que eu ja aprendi nesse pouco tempo de curso, me chamou a atenção o fato de que, no passado, ser enfermeiro era um castigo às mulheres, em especial às prostitutas, bebadas e vulgares.Ok!Eu nao me enquadro nesse distinto grupo, mas seria a enfermagem um castigo na minha vida??
De uns tempos pra cá eu passei a acreditar fielmente em predestinação e a praticar a aceitação.Isso tornou a vida mais indolor e as tarefas mais fáceis.A enfermagem deixou de ser o Karma que eu sempre preconceituei e passou a ser  uma pérolazinha na minha caixinha de jóias.
O curso é lindo, sua essência é apaixonante.E  mais: eu já estou participando de um Projeto chamado "Cuidando da gente", o mesmo que os "Doutores da alegria" [aquele do Patch Adams] e eu já vou para o hospital aos sábados.Cansativo?!Sim, mas gratificantissimo!!
Como eu tenho evoluido!...
Será que a Medicina me daria isso??
Sabe o lance da saudade?!
Tenho saudade daqueles sonhos insandecidos compartilhados com pessoas de quem eu tambem sinto saudade.
Saudade, muita saudade daquilo que não foi.
Daquilo que é também.
Sinto falta de comer a abóbrinha que a minha vó fazia, das meninas que brincavam comigo na Rio São Francisco, das brigas com meu irmão do meio.São as velhas saudades que aos poucos estão abrindo espaço pras novas:há 4 anos eu sinto saudade da minha mãe, da minha casa.Parecem terem se tornado sensações comuns a falta, a abstinência, a saudade.
Agora eu sinto saudade dos meus 57Kg, do meu cabelo enorme com mechas californianas, das minhas xícaras de café cheias.Agora eu sinto muita, mas muita saudade mesmo do Ronan.Basta chegar a noite de domingo, que tipicamente tornaram-se a nossa maior algoz por trazer consigo a despedida.
Quando vejo ele se dirigir à porta, eu sinto uma falta de ar diferente.Não trata-se da ventilação pulmonar, nem da descarga de Acetilcolina,é coisa de alma mesmo.É como se ao sair, ele me levasse com ele.
São esses 140 Km que acabam com meu tônus cutâneo.(...)
Ora penso na possibilidade de aderir a um estilo de vida menos convencional, que permita uma liberdade de expressão completa e assim, eu iria praquela cidadezinha que abriga as pessoas de quem eu mais preciso e lá eu não faria nada senão dedicar-me a elas.Outrora, eu estendo as mãos pro céu e agradeço a maravilhosa oportunidade de fazer parte da 'Elite Intelectual Brasileira' e penso no quanto o meu futuro está garantido devido aos passos que estou dando. Especialmente, eu agradeço diariamente por ser humana.Por ser coração e razão juntos.E por ter um amor tão bonito na minha vida.
Isso me dá saudade, muita saudade...

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